sexta-feira, 10 de junho de 2011

Aves de Goiás - Jandaia-de-testa-vermelha

A jandaia-de-testa-vermelha  (Aratinga auricapillus) é uma ave Psittaciforme da família Psittacidae.

Essa espécie possui uma bela plumagem na qual se destacam os tons vermelho-alaranjados da face e ventre e o azul da ponta das asas.

                                                                                       Foto: Felipe Moreira

Habitat em Goiás: Pode ser encontrada tanto em cerrados como em 
 áreas urbanas e parece ser localmente comum.

Ocorrência no estado: Desconheço sua distribuição no estado, mas parece ocorrer principalmente na região central.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Aves de Goiás - João-de-barro


                                                                                        Foto: Felipe Moreira

O João-de-barro (Furnarius rufus) é uma ave Passeriforme da família Furnariidae. Também conhecido como barreiro e forneiro.
Mede 20 cm de comprimento. Um dos pássaros mais comuns e mais populares do Brasil Central, o joão-de-barro é muito comum em todo o Cerrado, especialmente em áreas antrópicas.
Caminha pelo chão, frequentemente pousado em postes, cercas, galhos isolados e outros pontos que permitam uma boa visão dos arredores.
Vive geralmente aos casais, mas pode ser visto alimentando-se em pequenos grupos. O casal canta em dueto (macho e fêmea juntos).

Alimentação: Alimenta-se de artrópodes e sementes capturados diretamente no solo, onde anda em rápidas passadas interrompidas por um passo mais lento, onde dá um curto intervalo, mantendo uma das pernas erguidas. Revira folhas e também vasculha troncos caídos em busca de alimento. Pode associar-se a pássaros campestres gregários como o pica-pau-do-campo (Colaptes campestris) ou o sabiá-do-campo (Mimus saturninus).

Reprodução: O joão-de-barro é uma das aves que tem o ninho mais conhecido. Faz um ninho de barro em forma de forno, do tamanho aproximado de uma bola de futebol, de onde derivam o nome popular e o da família (furnariidae).
Juntos, o casal escolhe um galho grosso, um poste ou o telhado de uma casa e transportam para lá, com o bico, barro úmido e esterco misturado à palha, cujas proporções dependem do tipo de solo (se arenoso, a quantidade de esterco chega a ser maior do que a de terra). No interior do ninho há uma parede que separa a entrada e a câmara incubadora, construídos para diminuir as correntes de ar e o acesso de possíveis predadores. Terminada a construção, o casal o forra internamente com palha e capim, onde são depositados de três a quatro ovos a partir de setembro.

                                                                                     Foto: Felipe Moreira

Um ninho pesa em torno de 4 kg e sua construção demora entre 18 dias e um mês, dependendo da existência de chuvas e, portanto, de barro em abundância. O casal pode construir novos ninhos ao lado e até sobre o ninho do ano anterior, formando “pequenos edifícios”. Essa espécie é frequentemente parasitada pelo chupim (Molothrus bonariensis).
Uma vez abandonados, os ninhos do joão-de-barro podem ser ocupados por outras aves e até por mamíferos, como roedores e cuícas ou por abelhas silvestres.

Habitat em Goiás: Ocorre em todo o cerrado goiano, principalmente em áreas antrópicas. 
Ocorrência em Goiás: Espécie de ampla distribuição no estado. Muito comum.

Aves de Goiás - Gralha-do-campo

A Gralha-do-campo, que também pode ser chamada de gralha-do-cerrado (Cyanocorax cristatellus) é uma ave Passeriforme da família Corvidae.
Mede até 35 cm de comprimento. Facilmente identificável, possui o ventre branco, dorso azul-escuro e a face e pescoço negros, além de um topete caracterísitico.

Alimentação: Onívora, sua ampla dieta inclui frutos, insetos, sementes, bagas, ovos de pássaros e até de aves domésticas (Fonte: Wikiaves, 2011).

Reprodução: O ninho é feito com gravetos apoiados em galhos mais grossos. A postura costuma ser de três a quatro ovos azul-claros salpicados de manchas pardas. A incubação varia de 16 a 18 dias. A reprodução é dada de forma cooperativa. Várias fêmeas podem botar seus ovos em um mesmo ninhos e quase todos os indivíduos ajudam na proteção e alimentação dos filhotes.

Habitat em Goiás: Vive em bandos nos cerrados, matas de galeria e trechos de vegetação rala entrecortadas por campos (Sick, 1997).

Ocorrência em Goiás: Espécie comum, típica do Brasil Central, de ampla distribuição no estado.

Aves de Goiás - Arapaçu-beija-flor

Foto: Felipe Moreira

O Arapaçu-beija-flor (Campylorhamphus trochilirostris) é uma ave Passeriforme da família Dendrocolaptidae. O nome popular se deve a seu grande bico curvo, assemelhando-se ao de certos beija-flores.
Mede de 22 a 28cm de comprimento. Ocorrem inúmeras subespécies com distintos padrões de coloração.

Habitat em Goiás: Solitário ou raramente aos pares, forrageia no estrato médio no alto de matas de galeria, matas ciliares, no cerrado, no cerradão e em buritizais. Fotografei o indivíduo acima em uma mata ciliar do Rio das Almas, no município de Rianápolis-Go, foi difícil fotografá-lo pois fica oculto na vegetação e se movia constantemente.

Ocorrência em Goiás: Espécie de ampla distribuição no estado. Localmente comum.

Aves de Goiás - Tururim

O Tururim ou sururina (Crypturellus soui) é uma ave Tinamiforme da família Tinamidae.
Um dos menores representantes dessa família, mede cerca de 23 cm de comprimento. A fêmea apresenta a cabeça de cor mais escura e a parte inferior do corpo de um marrom-avermelhado mais brilhante. (Fonte: Wikiaves, 2011).

Alimentação: Alimenta-se de sementes e frutos apanhados no chão.

Reprodução: Faz ninho em depressões no solo, pondo 2 ou 3 ovos amarronzados ou rosa-violáceos brilhantes, de formato esférico.

Habitat em Goiás: Provavelmente no estado habita tanto áreas secas como úmidas, bordas de matas densas, capoeiras e plantações. Em um dos locais em que ocorre, no Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (Goiânia-Go), a vegetação consiste principalmente de Floresta Estacional Semidecidual, também conhecida como mata mesofítica (Ribeiro & Walter 1998) e matas de galeria.

Ocorrência em Goiás: Não há informações suficientes. No wikiaves, há apenas um registro da espécie feito no município de Rio Verde-Go, por Rafael Bessa(http://www.wikiaves.com.br/158363&p=1&tm=s&t=c&c=1072&s=10007), também foi registrado no Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco, Usina Hidrelétrica Corumbá IV (NATURAE, 2006) além do Estudo Integrado das Bacias Hidrográficas da Região Sudoeste do Estado de Goiás (AGMA, 2005) - disponível aqui (http://www.semarh.goias.gov.br/peamp/html/PEAMP%20Fauna%20Final.htm).

Mapa de ocorrências da espécie:

Municípios:
Goiânia/Rio Verde/Luziânia

Aves de Goiás - Caboclinho

O Caboclinho (Sporophila bouvreuil) é uma ave Passeriforme da família Emberizidae.
Mede cerca de 10cm de comprimento.

Alimentação: Grãos e sementes.

Habitat em Goiás: É localmente comum em campos com gramíneas altas, cerrados abertos e áreas pantanosas. Fora do período reprodutivo, vive em grupos, às vezes grandes, freqüentemente em meio a outras espécies que também se alimentam de sementes.

Ocorrência em Goiás: Desconhecida, os registros encontrados são insuficientes para se saber sua distribuição, mas é uma espécie confirmada no estado.

Mapa com ocorrências confirmadas no estado:

Municípios:
São Miguel do Araguaia/Jataí/Mineiros

Aves de Goiás - Coruja-listrada

A Coruja-listrada (Strix hylophila) é uma ave Strigiforme da família Strigidae.
Espécie rara e pouco estudada, é uma coruja de médio porte medindo cerca de 35 cm de comprimento. 

Alimentação: Alimenta-se principalmente de insetos, ratos, ratazanas, e pode predar lagartos e aves pequenas ocasionalmente.

Reprodução: Seu periodo de reprodução se inicia entre os meses de agosto e outubro, nidificando em em troncos e ocos de arvore, recurso que não é muito freqüente e pelo qual as corujas competem com uma série de outros animais. Tem um periodo de incubação de 29 dias em média, com os filhotes ja totalmente indepentes com cerca de 4 meses. (Fonte: Wikiaves, 2011)

Habitat em Goiás: Segundo o  único registro que tenho conhecimento dessa espécie em Goiás, foi constatado que ocorria no cerrado ralo.

Ocorrência em Goiás: Como já citado, encontrei uma única fonte sobre sua ocorrência no estado, um estudo denominado "Composição e Diversidade da avifauna em duas áreas de cerrado dentro do campus da Universidade Estadual de Goiás -Anápolis  - (http://rdigital.univille.rctsc.br/index.php/RSA/article/viewFile/67/110).
Segundo esse estudo, dois indivíduos de Strix hylophila foram registrados no cerrado ralo desse Campus, informação que contraria diversas fontes que citam a espécie como endêmica da Mata Atlântica, apesar de em Anápolis haverem trechos de Floresta estacional semidecidual.